
Pousei a minha mão sobre o chão
Para sentir o pulsar do Mundo
Mas só senti uma palavra fria
De uma vida que não durou um segundo.
Doei o meu corpo a esta existência
Que mais não soube que me condenar
A uma pena perpetua
De falta de coragem e frustração.
Não tive advogado, não tive clemencia
Vivi das esperanças soltas que caiam no meu caminho
Agora rasgo a razão
Com a faca aguçada da demência.
Perdi a vida numa controvérsia
Entre mim e o resto do mundo
Agora acordo todos os dias com a certeza
Que a minha vida não durou um segundo.
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