segunda-feira, novembro 19, 2007


Pousei a minha mão sobre o chão

Para sentir o pulsar do Mundo

Mas só senti uma palavra fria

De uma vida que não durou um segundo.

Doei o meu corpo a esta existência

Que mais não soube que me condenar

A uma pena perpetua

De falta de coragem e frustração.

Não tive advogado, não tive clemencia

Vivi das esperanças soltas que caiam no meu caminho

Agora rasgo a razão

Com a faca aguçada da demência.

Perdi a vida numa controvérsia

Entre mim e o resto do mundo

Agora acordo todos os dias com a certeza

Que a minha vida não durou um segundo.