Espera
Vivo na sombra de um Sol, carregando o peso do Mundo. À minha frente constrói-se um subida impossível por onde é inevitável ir, uma subida decorada com alfinetes dourados que me fazem lembrar as lágrimas que a vida chora no momento antes de morrer. O sinal está vermelho, o carro está parado. Mas o Mundo esqueceu-se de encontrar essa pausa que muitas vezes trás a resposta, ficou cansado de espera pelo o nada que sempre trazíamos. Eu continuo a subir, o sinal mudou para verde mas o carro continua parado. Um momento antes de tudo eu lembro-me da dor que é carregar este nosso Mundo que me faz penetrar nesses vossos alfinetes dourados. O sinal está amarelo mas o carro já não está lá, apenas ficou a sua sombra arrastando-se vagarosamente, rezando por um sinal verde, com a promessa que tudo vai ficar bem.
Já estou bem perto do Sol, quase no fim da subida. Perdi a dor pelo caminho, por vezes só precisamos de não acreditar e tudo fica bem. O Mundo ainda está aqui e o Sol também, o carro, guiado pelo medo, encontrou novamente a sua sombra.
O sinal agora está verde, existem momentos em que simplesmente não existe outra cor.
Já estou bem perto do Sol, quase no fim da subida. Perdi a dor pelo caminho, por vezes só precisamos de não acreditar e tudo fica bem. O Mundo ainda está aqui e o Sol também, o carro, guiado pelo medo, encontrou novamente a sua sombra.
O sinal agora está verde, existem momentos em que simplesmente não existe outra cor.
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