Mensagem irriquieta de alguém tranquilo
Sempre que alguém me diz "a tua vida só depende de ti" eu fico imensamente assustado, começa a metralhar na minha cabeça uma pergunta recorrente. "Como é possível a minha vida depender de alguém tão irresponsavelmente confuso como eu?" Se a minha vida apenas dependesse de mim o mais provável era ser narrada num Bordel Colombiano ou num relvado de futebol, pontuada por um golo policromático ou por um grito transpirado de uma mulher nua, que me iriam conduzir a morte instantânea por infinito prazer. Por isso a todos os que me dizem "a tua vida só depende de ti" eu respondo claramente, "não depende, não senhor. Graças a Deus".
Eu próprio, arrastado por um vento surdo que me leva para longe da clarividência dos sensatos, digo a mesma frase humanamente irresponsável quando a conversa com alguém não me deixa outra possível fuga.
Basta uma pequena reflexão para percebermos que nunca a nossa vida podia depender só de nós sem que o Universo entrasse novamente num imperfeito caos do passado, do qual nem a mais antiga estrela se lembra. Dos 0 aos 16 anos somos demasiados imaturos para termos responsabilidade sobre alguma coisa, seja ela qual for. Dos 16 aos 55 anos andamos demasiados ocupados a pensar em sexo para termos tempo suficiente para pensar na nossa vida. Dos 55 anos em diante estamos demasiados ocupados a relembrar o passado, imersos em ideais vingativos e mesquinhos por nunca termos sido aquilo que gostaríamos de ter sido.
Por isso eu peço sempre a Deus que ele seja o único responsável pela minha vida e que me deixe completamente fora dessa responsabilidade, para o meu bem e para o bem geral. A maior prova que Ele aceitou o meu desafio, é que hoje eu ainda tenho esperança.
Eu próprio, arrastado por um vento surdo que me leva para longe da clarividência dos sensatos, digo a mesma frase humanamente irresponsável quando a conversa com alguém não me deixa outra possível fuga.
Basta uma pequena reflexão para percebermos que nunca a nossa vida podia depender só de nós sem que o Universo entrasse novamente num imperfeito caos do passado, do qual nem a mais antiga estrela se lembra. Dos 0 aos 16 anos somos demasiados imaturos para termos responsabilidade sobre alguma coisa, seja ela qual for. Dos 16 aos 55 anos andamos demasiados ocupados a pensar em sexo para termos tempo suficiente para pensar na nossa vida. Dos 55 anos em diante estamos demasiados ocupados a relembrar o passado, imersos em ideais vingativos e mesquinhos por nunca termos sido aquilo que gostaríamos de ter sido.
Por isso eu peço sempre a Deus que ele seja o único responsável pela minha vida e que me deixe completamente fora dessa responsabilidade, para o meu bem e para o bem geral. A maior prova que Ele aceitou o meu desafio, é que hoje eu ainda tenho esperança.