quarta-feira, novembro 21, 2007


Existem dias em que me sinto

Uma arma química mortal

Existem outros em que apenas sou

Um menino irracional.

Dou mil pontapés

Numa parede que não existe

Já não me consigo desviar

De cada uma das duvidas que resiste.

Sou um fogo gelado

E um gelo ainda mais frio

Escorreguei numa palavra

Que fez o meu sol perder o brilho.

Sou uma folha seca

Perdida num vento sentimental

Chegamos ate aqui mas podes ir embora

Quero muito mais que um amor acidental.

segunda-feira, novembro 19, 2007


Pousei a minha mão sobre o chão

Para sentir o pulsar do Mundo

Mas só senti uma palavra fria

De uma vida que não durou um segundo.

Doei o meu corpo a esta existência

Que mais não soube que me condenar

A uma pena perpetua

De falta de coragem e frustração.

Não tive advogado, não tive clemencia

Vivi das esperanças soltas que caiam no meu caminho

Agora rasgo a razão

Com a faca aguçada da demência.

Perdi a vida numa controvérsia

Entre mim e o resto do mundo

Agora acordo todos os dias com a certeza

Que a minha vida não durou um segundo.


A frustração é a companheira ideal da genialidade, são amantes sobre a luxuria de lençóis vermelhos de cetim que por vezes tem o nome de arte.