
Juntos fomos a explosão,
Fomos o rebentar de bombas sentimentais
O tiroteio de beijos intranquilos
E de breves prazeres carnais.
Fomos o atropelamento do amor
Pela violência do querer,
O disparar de lágrimas exaustas
Pelo medo de perder.
Eu te matei
Tu me assassinas-te
Eu te violei
Tu me violas-te.
Foste a bala que me penetrou
Na ferida infectada
E o remédio que me curou,
Foste o tudo e o nada.
Agora enterras-te a faca da duvida
No meu peito exibido
Sem a anestesia das palavras.
Sinto falta do nosso amor entretido.