segunda-feira, março 05, 2007

Senta-te

Senta-te.
Descansa.
Corres à demasiado tempo sem direcção.
És demasiado objectiva na tua falta de definição.
Lês rapidamente esse livro,
Sem nunca saber a sua historia, a sua dor.
Procuras em todos os lugares as ausências
Que pontuam a tua existência.
Descobres que chorar, já não é perder.
Agora sabes que o fundo não é o fim.
Tens de aprender que morrer,
Não é estar perto de mim.
Vives no sangue de um poema,
Que não te ensinaram a estancar.
Espera.
Eu acredito!
Deixa esse sangue também ser meu.
Deixa que a derrota nos possa perseguir.
Eu sei que não será capaz de nos alcançar.
Porquê?
Como sei?
Não sei.
Levanta-te!
Corre!
Desce essa rua maltratada,
Vira à esquerda,
Entra nessa porta escancarada.
Não fujas da lua, não fujas da vida.
Não feches a porta.
A derrota nunca esteve cá fora.

domingo, março 04, 2007

Light jump

sábado, março 03, 2007

Que dia é hoje?

Que dia é hoje?
Não, não quero saber se é 25 de Janeiro.
Ou 16 de Fevereiro.
Não, não quero saber se é quarta,
Ou quinta-feira.
Quero saber realmente que dia é hoje.
Se é dia de gritar, dançar e saltar.
Se é dia de quebrar as correntes e te abraçar.
Diz-me tu, que dia é hoje?
Tu que me obrigas a viver,
Tu que me matas sem me dar tempo para render.
Fala mais alto, não te ouço.
Que faço hoje?
Tenho de pegar numa espada e ser herói?
Ou basta simplesmente tirar do Mundo
Tudo aquilo que a ti dói?
Será dia de enfeitar a vida com palavras esquecidas?
Será dia de destruir a construção fictícia onde habitas?
É dia de pegar no teu altar?
Ai estas tu!
Com um vestido enlouquecido pela vaidade.
Que flor é essa que trazes na mão?
Que beijo foi esse que nunca me deste?
Porquê me castigas?
Porquê tenho de esperar ate aquele dia?
Aguardar ate aquele ventoso momento?
Em que eu te pergunto, que dia é hoje?
E tu me respondes palavras vazias.
Que dia é Hoje?
Hoje é o teu dia.